Carro antigo sim, mas é meu!

Dizem que brasileiro é apaixonado por carros, mas a maioria da população os tem mais pela necessidade do que pelo prazer. Algumas famílias não se contentam apenas com um veículo, parece que esse bem virou uma necessidade individual. Com isso, residências com uma vaga de garagem não são tão atrativas quanto àquelas com maior espaço no quintal. Afinal, o casal não divide mais o mesmo carro, e os filhos já crescidos precisam do automóvel para ir à faculdade e nas diversões noturnas.
A realidade do brasileiro mudou e suas expectativas também. Quase não vemos alguém entrar em contato com o terminal de ônibus para saber as linhas que passam por tal endereço. Agora perguntam se a localização está no GPS, ou se há caminhos alternativos para “fugir” do trânsito. Embalados pelas propagandas enfáticas, em média, a cada três ou quatro anos as pessoas trocam o veículo por um mais novo, com o intuito de evitar transtornos no mecânico ou elevar seu status perante a sociedade.
As seguradoras sabem disso e valorizam os carros mais novos, primeiro porque darão menos gastos com manutenção e segundo que, caso haja necessidade do reparo ou troca de peças, a reposição delas no mercado é bem mais frequente do que as de carros que já saíram de linha. Outro problema que reflete nesses preços é a alta frequência de acidentes, roubos e furtos dos modelos mais antigos. Isso tudo podemos ver no resultado de um orçamento de seguro para um carro de modelo 2017, por exemplo. Diferente do cálculo de veículo ano 2007.
Apesar de os proprietários dos automóveis mais antigos não entenderem essa conta, já que seu carro vale bem menos do que o modelo do ano, é isso que acontece. Mas e aquele senhor com seus 80 e poucos anos que guarda a “sete chaves” seu Fusca da década de 70? Nesse caso, é melhor ele continuar a guardar a relíquia a “sete chaves”, porque as seguradoras não disponibilizam seguros para automóveis com mais de 10 anos de fabricação. Algumas seguradoras, poucas em relação ao leque disponível, ainda esticam esse prazo para 15 anos, mas, infelizmente, nada mais do que isso.
Alguns privilegiados que já possuem seguro há muito tempo podem continuar renovando sua apólice, mas vez por outra a seguradora exigirá a vistoria para saber as reais condições do veículo não tão jovem assim.
Mas para aqueles que fazem questão de ter uma garantia e proteção para seu veículo antigo, saiba que nem tudo está perdido. Em alguns casos, é possível contratar serviços ou coberturas menos abrangentes. Assim, você protege seu patrimônio de alguns riscos do dia a dia e não paga valores absurdos pela contratação do seguro. Mas é importante lembrar que não terá algumas coberturas como um seguro completo, principalmente em relação à colisão.
As alternativas são os seguros somente para:
Responsabilidade Civil para Terceiros (RCF-V) – Proteção ao segurado em caso de culpa por danos materiais e corporais causados a terceiros, não há cobertura para danos ao carro nem aos passageiros transportados no veículo na hora do acidente;
Serviço de assistência 24 horas – Serviço de reboque para panes mecânicas e elétricas, acidentes, troca de pneus, pane seca, etc;
Incêndio e Roubo – Ressaltamos que nem todos os veículos poderão contar com essas proteções, pois cada companhia tem a sua política de aceitação. Mas vale a pena conferir!
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