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Mais valor ao que vale a pena

out 02, 2017 (0) comentários , , , ,

Hoje me deparei com situações muito comuns nos dias de hoje, mas que jamais me farão achar que isso é normal. Ao pegar o primeiro ônibus municipal, percebi que uma moça não conseguia validar seu cartão Bilhete Único na catraca, ela olhou para o cobrador como que pedindo sua ajuda e ele virou a cabeça para outro lado, ignorando-a. Ela tentou novamente e sem sucesso, só tinha a opção de continuar tentando, já que esse era o único meio que ela tinha de pagar sua passagem. Até que em uma determinada vez, teve sucesso! Mas o mais incrível (incrível de decepção mesmo) foi ouvir do cobrador um “problema é teu” assim que a jovem virou as costas para se sentar.

Ao chegar à clínica médica para passar numa consulta, a recepção estava o verdadeiro caos, filas enormes só para fazer o cadastro, computadores “sem sistema”, idosos reclamando da demora, médicos negando-se a atender porque o paciente estava atrasado, mesmo que ele tenha chegado uma hora antes de sua consulta mas levou esse tempo para passar na recepção. Mas lá atrás da mesa estava uma recepcionista cansada, confusa, e visivelmente impaciente com todos. Um senhor chegou e foi se informar com ela (justo com ela?), ele não queria atendimento exclusivo, só pediu uma atenção, um olhar, um segundo para saber se estava no andar certo. Ela gritou: “Pode falar senhor que estou escutando”, e depois dele falar de sua necessidade, ela retrucou de forma automática: “Só aguardar na fila”. Nessa hora a fila já estava maior de quando cheguei e ele revezava com sua senhora entre ficar em pé e sentar para descansar um pouco.

Ao voltar da clínica, claro, peguei outro ônibus, passei a catraca (ainda bem que meu cartão funcionou) e me sentei. Minutos depois entrou uma senhora com algumas sacolas, um pouco atrapalhada, mas pegou o dinheiro da passagem e deu ao cobrador. Ele, “na maior boa vontade”, cobra e aperta o botão para destravar a catraca. Ela cheia de volume nas mãos pergunta: “Posso passar?”, mas esse cidadão, em tom irônico, responde: “Só se você quiser”. A senhora em tom gentil ainda foi se justificar dizendo que não estava vendo o aparelho.

O que quero destacar que todas essas situações têm uma semelhança. O que está acontecendo com as pessoas? Por que a maioria despreza o próximo que está ao seu redor? Será o tal estresse que se espalhou pelo mundo, ou a falta de gentileza e excesso de egocentrismo? Será que é tão difícil fazer o bem sem esperar nada em troca? Esperaríamos que pelo menos as pessoas realizassem seu trabalho com amor e prazer. Ah, mas como é raro ver isso hoje. Os funcionários esperam mais pelo fim do mês para receber seu salário do que para visitar um familiar ou amigo. É o “ter” falando mais alto do que o “ser”. Uma pena tudo isso.

Mas é muito bom saber que demonstrar mais gestos de cumplicidade e empatia não dói nada. É fácil, basta começar para engrenar. Pode começar cedo no dia, sorrindo para você ao se olhar no espelho. Pense em quem você ajudará no dia de hoje, mesmo que seja aquele desorientado no trânsito, prefira o silêncio quando alguém lhe oferecer palavras ou gestos rudes, não revida, isso não leva em nada.

Se começarmos a pensar mais na palavra “você” do que naquilo que envolve o “eu”, com certeza seremos mais felizes. A vida passa, o tempo voa e no final de tudo, quais serão as suas lembranças?

Formada em Comunicação Social, com ênfase em Jornalismo, Mariana tem experiência em Seguros e escreve para o blog da Figa Seguros onde traz novidades, tendências e informações sobre o assunto.

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